O terremoto de magnitude 7,3 na escala Richter que atingiu o Nepal foi sentido com intensidade em países vizinhos, e suas vibrações chegaram a ser detectadas pela estação sismológica da Universidade de Brasília (UnB) na cidade de Pitinga, no estado do Amazonas. Apesar de o tremor ter sido cerca de duas vezes menos intenso do que o sismo que abalou o país asiático em 25 de abril (de magnitude 7,8) e seu epicentro estar a mais de 15 mil quilômetros do Brasil, o geólogo João Willy Rosa, coordenador da estação, relatou que as ondas de vibração foram ;muito bem; percebidas pelos sismógrafos da universidade. ;Impressiona que esse tremor, que foi bem menor que o anterior, também tenha sido registrado do outro lado do mundo;, observou. O abalo foi sentido com força na Índia, em Bangladesh e no Tibete. Ao menos 18 pessoas morreram nos países vizinhos ao Nepal.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) informou que o epicentro do tremor foi localizado a 19km de profundidade, na área da cidade de Namche Bazar, a cerca de 85km de Katmandu. A região, próxima ao Monte Evereste, não é exatamente a mesma onde o tremor de 25 de abril foi registrado. O epicentro do último tremor fica na extremidade oposta da falha geológica que compõe a cadeia de montanhas local. Sismólogos acreditam que esse segundo terremoto tenha sido provocado pelo estresse geológico causado pelo sismo anterior.
Geólogos americanos informaram à emissora britânica BBC que perceberam uma diminuição da altura das montanhas em um trecho de cerca de 100km do Langtang Himal, após o tremor de abril. A redução teria sido de cerca de um metro, mas precisa ser confirmada por estudos mais precisos.
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