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China e Rússia demonstram amizade antes de aniversário do fim da II Guerra

A URSS, da qual a Rússia é herdeira, perdeu pelo menos 25 milhões de pessoas, e a China, mais de 20 milhões, segundo cientistas chineses



"Nossos povos lembrarão sempre da História (...) e se pronunciam contra a sua falsificação", acrescentou Xi Jinping, que chegou pela manhã a Moscou, onde são concluídos os detalhes da parada militar sem precedentes, previsto para o sábado na Praça Vermelha.

O dirigente chinês elogiou a "forte amizade" entre os dois países, "nascida nos combates" da Segunda Guerra Mundial, quando a Rússia lutava contra os alemães e a China enfrentava a agressão japonesa.

A URSS, da qual a Rússia é herdeira, perdeu pelo menos 25 milhões de pessoas, e a China, mais de 20 milhões, segundo cientistas chineses.Moscou e Pequim comemoram este aniversário "não para odiar outros países, mas para prestar uma homenagem aos heróis caídos, para imortalizar sua memória na história para que a tragédia da guerra não se repita jamais", destacou Xi Jingping.

Por ocasião desta visita, Pequim e Moscou assinaram quatro dezenas de documentos (acordos, associações, etc.) nos âmbitos energético, aéreo, financeiro e espacial.

Entre os acordos assinados estavam, ainda, um pacto de "reforço da aliança global" entre a China e a Rússia, e um sobre a cooperação entre a União Econômica Eurasiática, formada por Rússia, Belarus e Cazaquistão, e o cinturão econômico da Rota da Seda, projetado pela China.

A China é "o principal aliado estratégico" da Rússia, afirmou Vladimir Putin, agradecendo a Xi Jinping pela "atenção pessoal permanente" ao bom desenvolvimento das relações bilaterais entre os dois países.

No sábado, o presidente chinês assistirá à parada militar na Praça Vermelha, ao lado dos colegas cubano, Raúl Castro, e indiano, Pranab Mukherjee.No total, uns 20 chefes de Estado e de governo assistirão às comemorações, assim como o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.