A Marinha italiana anunciou nesta quinta-feira ter encontrado os destroços da embarcação que afundou em 18 de abril no Mediterrâneo, deixando mais de 700 migrantes mortos. "Hoje, cerca de 85 milhas a norte da costa líbia, foram localizados, a 375 metros de profundidade, os restos de um barco azul de 25 metros de comprimento", que poderiam corresponder à embarcação "naufragada em 18 de abril", informou a Marinha em um comunicado.
[SAIBAMAIS]O barco havia zarpado da Líbia com mais de 750 migrantes a bordo antes de afundar com a aproximação de um cargueiro português vindo para resgatar os passageiros. As equipes de resgate conseguiram salvar apenas 28 migrantes e encontrar 24 corpos nas águas do Mediterrâneo.
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A procuradoria de Catania (Sicília) abriu uma investigação por homicídio culposo, naufrágio involuntário, incitação à imigração ilegal e sequestro contra dois dos sobreviventes, um tunisino e um sírio, que poderiam ser o capitão do barco e seu segundo.
De acordo com a história dos sobreviventes, os passageiros, que haviam sofrido maus tratos %u200B%u200Bna Líbia antes de partir, foram trancados no porão e, portanto, condenados à morte quando o navio afundou.
Após o drama, o chefe de governo italiano, Matteo Renzi, se comprometeu a encontrar o barco para proporcionar um enterro decente aos migrantes trancados no porão.