A mulher, por sua vez, foi localizada graças a um sistema de escuta das equipes de salvamento francesas, que detectaram uma respiração sob os escombros. Estava ileso.
Os dois casos encorajaram os socorristas a continuar trabalhando para resgatar sobreviventes, apesar das condições extremas e dos tremores secundários.
Embora grande parte da população da capital do Nepal esteja vivendo em alerta, nesta quinta-feira começaram a ser observados os primeiros sinais de um retorno à normalidade, com a abertura de algumas lojas e o reaparecimento dos vendedores de frutas e verduras ambulantes na praça Durbar em ruínas.
Três meses de medidas de urgência
Um total de 5.844 pessoas perderam a vida no terremoto de magnitude 7,8 que atingiu o país, indicou o governo nepalês em seu último balanço nesta quinta-feira, e uma centena morreu na Índia e na China.
No total, segundo a ONU, oito dos 28 milhões de habitantes do Nepal foram afetados de uma maneira ou de outra pela catástrofe.
As Nações Unidas lançaram um apelo para reunir 415 milhões de dólares para ajudar as vítimas do terremoto, que precisam de mantimentos, medicamentos e água.
As autoridades nepalesas admitiram estar sobrecarregadas pela magnitude da catástrofe provocada pelo terremoto mais mortífero dos últimos 80 anos.
"A catástrofe é tão grande e sem precedentes que não tivemos capacidade de responder às expectativas da população", reconheceu o ministro das Comunicações, Minendra Rijal.
Por sua vez, o coordenador da ONU no Nepal, Jamie McGoldrick, afirmou que serão necessários três meses para responder às medidas de urgência antes do início das tarefas de reconstrução.
A ONU fornecerá rapidamente barracas para as 500.000 pessoas que ficaram sem casas, assim como água e equipamentos de saúde para 4,2 milhões de pessoas.
Até o momento, as operações de resgate ainda não foram muito além de Katmandu, segundo a ONU."Fazemos o possível para chegar ao maior número de lugares possível", declarou o porta-voz do exército, Jagdish Pokharel.
Enquanto isso, o governo anunciou que os montanhistas poderão voltar ao Everest nos próximos dias, após a avalanche provocada pelo tremor que matou 18 pessoas. A subida ao pico mais alto do mundo constitui uma importante fonte de renda para o Nepal.