Nações Unidas - O ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, exigiu nesta segunda-feira que Israel "renuncie à posse de armas nucleares" e se integre ao Tratado de Não Proliferação (TNP).
Expressando-se em nome dos países não alinhados, também criticou o fracasso dos esforços para convocar uma reunião com o objetivo de criar uma zona livre de armas nucleares no Oriente Médio.
O chefe da diplomacia iraniana pronunciou seu discurso na abertura da conferência do TNP em Nova York. Os 190 países signatários do TNP, que entrou em vigor em 1970, tentarão até 22 de maio reativar o desarmamento nuclear.
Israel nunca reconheceu possuir armas nucleares, mas especialistas estimam que possui 200 ogivas. O Estado hebreu nega-se a participar de uma conferência sobre desnuclearização no Oriente Médio.
Zarif lembrou uma declaração dos países não alinhados que data de 2012, que "exige que Israel renuncie à posse de armas nucleares, realize sua adesão ao TNP sem condições e sem demora e coloque todas as suas instalações" nucleares sob o controle da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Os países não alinhados "apoiam firmemente o estabelecimento de uma zona livre de armas nucleares no Oriente Médio", reafirmou.
Zarif planeja se reunir durante o dia com o secretário de Estado americano, John Kerry, à margem da conferência, que é realizada a cada cinco anos, com o objetivo de dar prosseguimento às negociações sobre o acordo preliminar alcançado em Lausanne (Suíça) em 2 de abril sobre o controverso programa nuclear de Teerã.