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Anúncio provoca islã: "Matar judeus por adoração nos deixa perto Allah"

Apesar de considerada ofensiva por alguns, a publicidade foi aprovada pela justiça federal americana e promete circular nas laterais ônibus de Nova York ainda nesta semana

postado em 22/04/2015 18:58

Um anúncio nas laterais de ônibus e no metrô promete chamar atenção dos nova iorquinos nesta semana. Este não é engraçado e não ganhou nenhum prêmio internacional de publicidade, mas diz ;Matar judeus por adoração nos deixa mais perto de Allah;. A justiça federal concluiu, nesta terça-feira (21/4), que a campanha não incita violência e está protegida pela liberdade de expressão.

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Não se trata, no entanto, de uma publicidade do Estado Islâmico, mas sim do grupo sionista American Freedom Defense Initiative (AFDI), e já foi veiculada em outras cidades dos Estados Unidos, como São Francisco e Chicago. A frase é acompanhada de foto de um rapaz com o rosto coberto, e diz no final ;este é o jihad dele. Qual o seu?;.

A campanha de 2015 do grupo sionista: %u201CMatar judeus por adoração nos deixa mais perto de Allah. Este é o jihad dele. Qual o seu?

O objetivo da campanha é ironizar outra veiculada entre 2012 e 2013 pelo grupo pró-Islã Council on American-Islamic Relations (CAIR). Em defesa de uma versão pacífica da religião, o anúncio dizia ;Meu Jihad é fazer amizade com as pessoas do outro lado do corredor. Qual é o seu?;. Por meio do choque e da polêmica, a AFDI quer mostrar o que, para eles, é a única versão do islã: o terrorismo, e descartar qualquer tipo de ação positiva que venha do islamismo.

A campanha de 2012 do grupo pró-Islã:

Atacar os anúncios do grupo islâmico é um dos objetivos da AFDI, segundo o site oficial. Eles pretendem ;patrocinar campanhas anti-jihad em ônibus e outdoors para contrapor as campanhas pró-Islã do CAIR;. Em outros anúncios polêmicos, a AFDI também afirma que o Alcorão defende o ódio a judeus.

Apesar dos protestos da Autoridade Metropolitana de Transportes de Nova York (MTA) em exibir os anúncios da AFDI, a justiça reconheceu que se trata de uma paródia e uma crítica ao Islã radical. Em nota, o juiz que analisou o caso disse que a MTA ;subestima a tolerância dos nova iorquinos e superestima o impacto potencial desses fugazes anúncios;.

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