Madri - O juiz espanhol que investiga o ex-diretor do FMI Rodrigo Rato por lavagem de dinheiro e fraude, ordenou o bloqueio de todas as suas contas bancárias, informou uma fonte judicial, após agentes realizarem uma revista de seu escritório em Madri.
"À pedido da promotoria de Madri, o juiz decretou o bloqueio das contas de Rodrigo Rato", afirmou a fonte sem indicar a justificativa utilizada pelo magistrado.
Pelo segundo dia consecutivo, a polícia prosseguiu nesta sexta-feira com a revista ao escritório deste que foi ministro da Economia e número dois do governo conservador de José María Aznar (1996-2004).
Rato, que já está indiciado por dois escândalos de fraude na Espanha, limitou-se a afirmar ao jornal El País que está à disposição da justiça e que está cooperando ativamente com os investigadores. Seus advogados preferiram não emitir comentários.
Segundo uma pessoa ligada ao ex-vice-presidente do governo espanhol, Rato acredita que tenha sido abandonado por seus antigos companheiros de governista Partido Popular (PP, direita) a fim de demonstrar que estão lutando contra a corrupção.
Antiga esperança da direita espanhola, agora expulso do PP, Rato já está indiciado por fraude, apropriação indébita, delitos contábeis, falsidade ideológica e outros crimes financeiros.
Ele e os ex-diretores do banco Bankia envolvidos são investigados sobre as irregularidades do início da cotação do Bankia na bolsa, em julho de 2011.
A investigação também verifica as compras consideradas inexplicáveis de ações do Bankia e de vendas imediatas depois do lançamento na bolsa, que colocam em dúvida o interesse de real de alguns investidores.Estas compras poderiam ter como objetivo manipular o desempenho das ações.