Madri - Um juiz espanhol decidiu enviar para um reformatório em regime fechado um menor de 17 anos detido na quarta-feira durante o desmantelamento de uma suposta célula de recrutamento jihadista na Catalunha.
O juiz decretou seis meses de reclusão para o rapaz acusado de "integrar organização terrorista de tipo jihadista", de acordo com o processo. Os outros 10 detidos na operação ainda terão seu destino decidido pela justiça.
Todos eles foram detidos na quarta-feira em diversos municípios da Catalunha como supostos 0integrantes de um grupo de recrutava jovens e os radicalizava para enviá-los à Síria e ao Iraque.
Onze pessoas foram detidas na quarta-feira em uma operação antijihadista na Catalunha, anunciaram as autoridades desta região do nordeste da Espanha.
"Era uma célula completa e estruturada que recrutava jovens e os radicalizava, enviava uma parte dos jovens à Síria e Iraque e havia se constituído em uma célula operacional com o desejo de atacar na Catalunha", afirmou em uma entrevista coletiva o secretário do Interior regional, Ramon Espadaler.
"Mas em nenhum momento a existência desta célula provocou situações de perigo porque esteve controlada a todo momento", completou Espadaler, que informou que a investigação foi iniciada há um ano.
A operação aconteceu em várias localidades de Barcelona e Tarragona, afirmou Espalder. Dez homens e uma mulher, com idades entre 17 e 45 anos, foram detidos.
Entre os suspeitos estão seis pessoas convertidas ao islã, cinco de nacionalidade espanhola e uma de nacionalidade paraguaia, além de cinco marroquinos.
As pessoas detidas são suspeitas de envolvimento em vários crimes relacionados com o terrorismo jihadista, especialmente com as determinações da organização terrorista Estado Islâmico/Daesh, afirma um comunicado da polícia.
As redes de captação de jovens dispostos a unir-se aos combatentes do EI na Síria e Iraque se transformaram em uma das prioridades das polícias europeias na luta contra o jihadismo. No decorrer do ano, a polícia espanhola prendeu quase 40 supostos jihadistas.