A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) aceitou hoje (9) fazer uma coordenação conjunta entre suas ações militares e a do Exército da Síria para tentar expulsar grupos extremistas, principalmente o Estado Islâmico, de Yarmouk, campo de refugiados palestinos localizado no sul de Damasco, capital síria.
;O esforço palestiniano será complementar à ação do Estado sírio para expulsar os terroristas do campo de Yarmouk;, afirmou em Damasco o dirigente da OLP, Ahmad Majdalani, um dia após se reunir com todas as organizações palestinas, com exceção da Aknaf Beit al-Maqdess, ligada ao grupo radical Hamas e oposição ao regime sírio de Bashar Al Assad.
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O campo de refugiados, localizado a apenas 8 quilômetros do centro de Damasco, foi tomado pelo Estado Islâmico e pela Frente al-Nusra no dia 1; de abril. Yarmouk é palco de combates entre as forças do governo e rebeldes sírios, apoiados pelos movimentos palestinos rivais, desde 2012. Com a invasão do pelo Estado Islâmico, no entanto, a maioria das facções palestinas decidiu se unir para combatê-los.
O governo brasileiro manifestou ontem (8) sua preocupação com as notícias de assassinatos e graves violações de direitos humanos ocorridos nos últimos dias em Yarmouk e a drástica deterioração da situação humanitária no local, onde residem aproximadamente 18 mil civis. ;O Brasil recebe com apreensão os relatos da ação criminosa de grupos jihadistas no campo, em especial do autodenominado Estado Islâmico e da Frente al-Nusra, e condena com firmeza os atos de violência contra a população civil;, informou por meio de nota.
O Brasil também reforçou seu apoio aos esforços da UNRWA, a agência das Nações Unidas de assistência aos refugiados da Palestina, no alívio da situação humanitária enfrentada pelos refugiados palestinos na região. O país é membro do Comitê Consultivo da UNRWA desde dezembro de 2014.