La Haye - A proposta de reformar e fechar algumas vitrines do célebre "distrito da luz vermelha" da prefeitura de Amsterdã provocou a revolta de prostitutas e simpatizantes, que saíram às ruas nesta quinta-feira (9/4) em repúdio à intenção da administração municipal.
"Cerca de 250 pessoas participaram de uma manifestação no distrito da luz vermelha para protestar contra o fechamento das vitrines", informou à AFP um porta-voz da polícia da capital holandesa, Marjolein Koek.
As prostitutas usavam máscaras para evitar serem reconhecidas e levavam cartazes onde se lia "não nos salvem, salvem nossas vitrines" ou "parem de fechar nossas vitrines", segundo imagens divulgadas pelo canal de televisão estatal NOS.
A cidade de Amsterdã quer fechar parte dos famosos bordéis do Red Light District para lutar contra a criminalidade e o tráfico de seres humanos, de acordo com a imprensa holandesa.
Cerca de 115 das 500 vitrines do bairro já foram fechadas.
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As prostitutas estimam que os projetos da cidade as privam de um local de trabalho seguro.
"O sexo é uma profissão legal na Holanda e nós precisamos de apoio, queremos ser levadas a sério pelos políticos", reclamou uma porta-voz das prostitutas, que se manteve em anonimato, citada pela agência de notícias ANP.
"Nós ainda somos tratadas como párias e estamos sendo colocadas pra fora do bairro sem que ninguém pedisse nossa opinião", acrescentou.
Durante o evento, muitas vitrines famosas permaneceram vazias. Um cartaz colado a uma janela acusava o prefeito: "Você está roubando nossos empregos".
Cerca de 7.000 pessoas trabalham no ramo do sexo tarifado em Amsterdã, e 75% delas vêm de países de baixa renda, especialmente do leste europeu, segundo a prefeitura da cidade.
A prostituição foi legalizada na Holanda no ano 2000.