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Quinze policiais morrem em emboscada no oeste do México

"Estes ataques correspondem a uma ação reativa do crime organizado após o atentado contra minha pessoa", declarou comissário de segurança do governo de Jalisco

Um total de 15 policiais mexicanos morreram em uma emboscada lançada na segunda-feira (7/4) por um comando armado contra o comboio em que viajavam os agentes no estado de Jalisco (oeste), informaram nesta terça-feira autoridades locais.

"Morreram 15 colegas da nossa corporação. Neste ataque lamentável também ficaram feridos cinco homens, todos se encontram estáveis", disse à imprensa Francisco Alejandro Solorio, comissário de segurança do governo de Jalisco, que não reportou nenhum morto ou ferido do lado dos atacantes.

A emboscada ocorreu na tarde de segunda-feira em uma estrada próxima ao município de San Sebastián del Oeste, vizinho ao balneário turístico de Puerto Vallarta (oceano Pacífico), quando um grupo armado abriu fogo contra um comboio da polícia estadual que se dirigia a Guadalajara, capital de Jalisco.

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Na noite da segunda-feira, a promotoria de Jalisco emitiu um comunicado sobre o ataque no qual não confirmava se havia mortos.

A fonte antecipou que esta emboscada seria uma resposta do crime organizado à investigação empreendida pelas autoridades sobre outro ataque cometido contra o próprio Solorio em 30 de março, do qual saiu ileso e no qual houve 15 detidos.

"Estes ataques correspondem a uma ação reativa do crime organizado após o atentado contra minha pessoa", declarou Solorio.

Os 15 policiais "morreram em um ataque covarde que o que nos deixa é que não podemos e não devemos baixar a guarda", reforçou.

Solorio, que se apresentou à imprensa em Guadalajara após uma reunião do gabinete de segurança estatal e comandos militares, não informou qual grupo criminoso estaria por trás dos ataques, mas uma fonte oficial disse à AFP que suspeitam que se trate do poderoso cartel Jalisco Nova Geração.

Este cartel surgiu por volta do ano 2010, após a morte, em uma operação militar, do chefão Ignacio Coronel Villarreal, aliás "Nacho Coronel", que controlava a região para o poderoso cartel de Sinaloa, que liderava o Joaquín "El Chapo" Guzmán, que está preso.