As negociações em Lausanne, na Suíça, entre a comunidade internacional e o Irã sobre o programa nuclear de Teerã continuaram nesta quinta-feira (2/4). Segundo a Agência Lusa, o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Frank-Walter Steinmeier, cancelou uma viagem que faria aos países bálticos, para tentar finalizar as discussões na Suíça.
[SAIBAMAIS]Ontem (1;/4) o chefe da diplomacia da Rússia, Serguei Lavrov, assegurou que o grupo 5%2b1 ; formado por Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha ; chegou a um acordo nuclear, pelo menos nos temas chave, com o Irã. "Agora pode-se anunciar com confiança suficiente que os ministros alcançaram um acordo nos principais temas;, disse Lavror aos jornalistas.
O prazo para a obtenção de um compromisso nas negociações sobre o desenvolvimento nuclear iraniano tinha sido fixado até a última terça-feira (31/3). O prazo expirou, mas várias delegações disseram que tinham feito progressos suficientes para continuar as discussões.
O receio da comunidade internacional é que o Irã possa desenvolver armas atômicas com o pretexto de um programa nuclear civil. O país, no entanto, nega que os fins sejam bélicos e insiste no direito de usar a energia nuclear para fins pacíficos.
Mesmo depois das declarações por parte da Rússia de um acordo, ao menos nos temas principais, o ministro da Defesa iraniano, Hossein Dehgan, classificou hoje como "velhas" e "repetidas" as ;ameaças; dos EUA sobre a permanência da ;opção militar;, no caso de não se chegar a um acordo definitivo sobre o programa nuclear do país asiático.
Isso porque o secretário de Defesa dos EUA, Ashton Carter, havia dito, em um programa de televisão, que ;a opção militar vai continuar em cima da mesa; se não se alcançar um acordo entre o Irã e os países do Grupo 5%2b1 para impor um limite ao desenvolvimento nuclear iraniano.
O ministro iraniano considerou que estas afirmações têm como único objetivo "corromper a atmosfera racional" das negociações, que acontecem na Suíça, em um "momento sensível e complicado".