Jerusalém - Um tribunal de Jerusalém considerou nesta segunda-feira (30/3) culpado de corrupção o ex-primeiro-ministro israelense Ehud Olmert (2006-2009), por ter recebido milhares de dólares do empresário americano Morris Talansky.
Segundo a imprensa israelense, a condenação de Olmert, por fraude, abuso de confiança e corrupção, será anunciada em 5 de maio. Os advogados de defesa já anunciaram que pretendem apelar da condenação à Suprema Corte.
O ex-primeiro-ministro, de 69 anos, já foi condenado a uma pena de seis anos de prisão por outro caso de corrupção, pelo qual apresentou um recurso que está sendo examinado atualmente pela Suprema Corte.
No caso julgado nesta segunda-feira, Olmert foi absolvido em um primeiro momento.
Mas sua ex-secretária Shula Zaken revelou, como parte de outro processo por corrupção, a existência de gravações nas quais o ex-chefe de Governo fala sobre "envelopes" de dezenas de milhares de dólares recebidos de Talansky.
Os fatos aconteceram no fim dos anos 1990 e início da década de 2000, quando Olmert foi ministro e prefeito de Jerusalém.
Em troca das informações, Shula Zaken foi condenada a uma pena reduzida de 11 meses de prisão no caso, conhecido como "Holyland".
O caso, que deve o nome a um gigantesco projeto imobiliário de luxo em uma colina de Jerusalém, custou a Olmert uma condenação de seis anos de prisão.