Roma - A polícia italiana deteve três pessoas acusadas de recrutar e treinar militantes para combater na Síria com o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), anunciaram nesta quarta-feira fontes do Ministério Público de Brescia (norte).
A célula, formada por dois albaneses e um ítalo-marroquino, operava entre Itália e Albânia e se encarregava de recrutar combatentes e divulgar informação pela internet e pelas redes sociais sobre a organização EI, que controla faixas de território na Síria e no Iraque.
Segundo meios de comunicação locais, um dos albaneses vivia na Itália e o outro na Albânia, enquanto o ítalo-marroquino, de 20 anos, é o autor de um extenso documento sobre a organização, o primeiro divulgado em italiano que se tem notícia.
Segundo o diretor do setor antiterrorismo, Mario Papa, as detenções foram decididas após dois anos de investigação e contaram com a colaboração da polícia albanesa.
A Itália aumentou as medidas de vigilância dos círculos jihadistas após os atentados em janeiro na França e em fevereiro na Dinamarca e as ameaças lançadas a partir da Líbia pelos combatentes do grupo EI.
Na semana passada, a polícia deteve 17 pessoas e expulsou 33 por estarem envolvidas na organização.As autoridades calculam que 65 italianos combatem na Líbia.
O grupo Estado Islâmico realiza uma campanha ativa na internet de propaganda e recrutamento.O grupo convocou seus partidários a realizar ataques em países membros da coalizão internacional que luta contra ele lançando ataques aéreos, entre eles Estados Unidos, Canadá, Japão e Itália.