Nova York - Os sírios estão se sentindo cada vez mais abandonados pelo resto do mundo em meio a um conflito ue entra em seu quinto ano, declarou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, no seu último relatório sobre a situação humanitária na Síria.
Este terceiro relatório, que abrange o período de 1; dezembro a 28 de fevereiro, deve ser avaliado na quinta-feira pelo Conselho de Segurança da ONU.
"As organizações humanitárias continuam a prestar ajuda a milhões de pessoas necessitadas a cada mês, mas sua tarefa é sempre muito difícil e perigosa", disse Ban.
"O acesso e a entrega de ajuda é extremamente difícil, devido à violência e insegurança" e os obstáculos colocados pelo regime sírio e os grupos armados envolvidos no conflito.
O relatório cita especificamente o grupo Estado Islâmico (EI), que forçou o Programa Mundial de Alimentos a cessar as operações nas regiões norte e leste do país.
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No entanto, o relatório observa que um número crescente de comboios humanitários entram na Síria através de países vizinhos, como a Turquia e Jordânia.
"Um número significativamente maior de equipes de emergência foram mobilizados pela ONU através das fronteiras, tanto durante o período de referência (dezembro-fevereiro) quanto entre setembro e novembro de 2014", diz o relatório.
O Conselho de Segurança aprovou em julho de 2014 o envio de comboios através das fronteiras da Síria sem ter de obter a aprovação de Damasco. Esta autorização foi posteriormente prorrogada por um ano, até janeiro de 2016.
No total, a partir de 17 de março, 85 destes comboios entraram Síria, 60 pela Turquia e 25 pela Jordânia, para distribuir ajuda a cerca de 1,4 milhões de pessoas em áreas controladas pelos rebeldes sírios.
Segundo a ONU, a guerra na Síria já fez mais de 220.000 mortos e 12,2 milhões de pessoas deslocadas que precisam de assistência humanitária no país.