O Irã deverá tomar decisões difíceis nas negociações sobre seu programa nuclear, advertiram neste sábado as potências ocidentais, que prometeram unidade para alcançar seus objetivos.
"Concordamos que houve progressos substanciais sobre pontos-chave, mas nos restam questões importantes em que não foi possível chegar a um acordo. Chegou o momento, para o Irã, de tomar decisões difíceis" declarou o ministro das Relações Exteriores britânico, Philip Hammond, ao ler um comunicado redigido junto com seus colegas de Estados Unidos, França, Alemanha e União Europeia.
[SAIBAMAIS]"Vamos continuar trabalhando juntos de forma unida para obter um resultado exitoso", explicou o ministro.
O secretário de Estado americano John Kerry elogiou no sábado a unidade das grandes potências sobre o programa nuclear iraniano, enquanto o presidente do Irã declarou que "não há nada que não se possa resolver".
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"Estamos todos unidos em nosso objetivo, enfoque e determinação para fazer que o programa do Irã seja pacífico. Esta união continua desempenhando papel central", disse Kerry.
Suas declarações têm como pano de fundo os rumores sobre as tensões no grupo 5%2b1 (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido, mais a Alemanha), em que a França é considerada como o país mais intransigente em relação ao Irã.
Kerry garantiu, contudo, que seu país "não irá se precipitar" para alcançar um acordo. Já o presidente do Irã, Hassan Rohani, afirmou neste sábado que "não há nada que não possa ser resolvido" e que é possível um acordo com as grandes potências.
As grandes potências do 5%2b1 retomarão na quarta-feira suas negociações em Teerã sobre o programa nuclear iraniano, como decidiram na sexta-feira os Estados Unidos e o Irã após uma semana de reuniões em Lausanne, na Suíça.