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Milionário americano admite assassinato e vai para prisão especial

Involuntariamente, ele confessou uma série de assassinatos durante a filmagem de "O Pé-Frio: a vida e as mortes de Robert Durst",aclamado documentário produzido pela HBO, dividido em seis partes.


O promotor Blake Arcuri foi citado pelo jornal "Los Angeles Times" em razão de uma declaração equivocada. Segundo Arcuri, "Ele [Durst] se suicidou". Mas o porta-voz da polícia de Nova Orleans não confirmou a declaração dele.

Esta é a última reviravolta no caso de Durst, hoje aos 71, um mistério bizarro de assassinato descoberto num documentário para a televisão. Na segunda-feira, ele foi acusado em Los Angeles pelo assassinato, em 2000, de sua amiga íntima Susan Berman.

Involuntariamente, ele confessou uma série de assassinatos durante a filmagem de "O Pé-Frio: a vida e as mortes de Robert Durst" ("The Jinx: The Life and Deaths of Robert Durst"), aclamado documentário produzido pela HBO, dividido em seis partes.

No sexto e último capítulo, transmitido no domingo, Durst é ouvido sussurrando: "O que eu fiz? Matei todos eles, claro". Aparentemente, o empresário não sabia que um microfone sem fio continuava ligado enquanto ele estava no banheiro.

Não ficou claro se Durst estava sendo sincero ao falar sobre as mortes, mas autoridades em Los Angeles admitiram que o documentário teve um papel decisivo para os investigadores pedirem a prisão do multimilionário pela morte de Berman.

Os advogados de defesa reclamaram que os índices de audiência estão guiando o trabalho da promotoria e pedem que o caso seja levado o quanto antes a julgamento, mas na Califórnia.

"Nós continuaremos a lutar por ele", acrescentou Dick DeGuerin, advogado de Durst.Promotores em Nova Orleans, onde Durst foi preso no sábado, acusam-no pelas posses de drogas e uma arma de pequeno porte."Quando chegamos a seu quarto de hotel, ele portava maconha e um revólver calibre 38", informou a polícia.

Berman levou um tiro na nuca, dentro de casa, em Beverly Hills. No dia seguinte, ela seria interrogada pela polícia, em meio ao processo reaberto pelo desaparecimento de Kathie Durst, esposa do magnata, desaparecida em 1982, em Nova Iorque.

Na próxima segunda-feira, Robert Durst voltará ao tribunal, em Nova Orleans, pelo flagrante de maconha e arma, no último dia 14.

Durst tem uma fortuna pessoal avaliada em $ 4,4 bi (R$ 14,3 bi), por ser herdeiro de uma corretora de imóveis sediada em Nova Iorque.