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Embaixador prevê desafios imensos para novo governo em Israel

O diplomata falou ao Correio sobre as questões imediatas e de longo prazo que dominaram a campanha, assim como das perspectivas políticas em um cenário de mutação socia



O que está em discussão na agenda doméstica?
Como enfatizamos muito a identidade de Estado judeu, talvez muita gente pense que todos os israelenses são judeus, mas temos no país uma minoria árabe muito importante: ela soma 20% da população. Normalmente, um país considera importante uma minoria superior a 3%. A maioria dos árabes-israelenses é muçulmana, mas temos também cristãos, que se dividem entre católicos, ortodoxos, evangélicos; Os muçulmanos também têm variedade: os beduínos, no sul, têm costumes muito distintos das comunidades árabes do norte. Essa situação é muito complicada e delicada para nós. Trata-se de uma minoria que pertence a uma nação (árabe) de 300 milhões, em que a maioria é contra Israel. Ao mesmo tempo, somos um país democrático, e todos são cidadãos israelenses, desfrutam do nível de vida mais elevado do Oriente Médio. Mas quando temos um período de tensão com os países árabes, sentimos essa tensão dentro da sociedade israelense.

Como é a integração dos árabes na sociedade israelense?
É muito variada. Os druzos, a comunidade à qual pertenço, são muito integrados, prestam o serviço militar obrigatório de três anos ; por isso, temos muitos oficiais druzos, inclusive generais. Temos também embaixadores, ministros, parlamentares: atualmente são 12 ou 13, em um total de 120. Neste ano, pela primeira vez, todos os partidos árabes vão disputar a eleição com chapa única, e podem se tornar a terceira força da Knesset. É algo novo em Israel, muito impressionante.

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