A Rússia se prepara para celebrar o primeiro aniversário da votação que decidiu que a Crimeia seria anexada pela Federação, um ato considerado ilegal pelos países do Ocidente, mas visto pelos russos como um triunfo de Vladimir Putin.
[SAIBAMAIS]O referendo organizado em 16 de março de 2014, que o presidente russo agora admite que fazia parte de um plano deliberado para recuperar de Kiev esta península do Mar Negro, foi o preâmbulo de um conflito separatista no leste da Ucrânia e da pior crise entre Moscou e os ocidentais desde a Guerra Fria.
Mas, por outro lado, valeu para Putin um aumento de sua popularidade dentro de casa, com um recorde de 88%, segundo dados publicados na semana passada. Moscou celebrará este primeiro aniversário com um show na quarta-feira perto do Kremlin chamado "Estamos juntos", enquanto que a Crimeia organizará desfiles e concertos em sua capital, Simferopol, entre segunda e quarta.
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Um documentário que será transmitido na noite deste domingo na Rússia, chamado "Voltando para casa", relatará os detalhes dos fatos de há um ano. Dias depois da queda do governo pró-russo de Kiev, no final de fevereiro passado, russos armados entraram na península para declarara independência.
Duas semanas depois, foi realizado um referendo na Crimeia, que foi transferida como um "presente" para a Ucrânia em 1954 pelo líder soviético Nikita Kruchev, um gesto simbólico, já que Ucrânia e Rússia faziam parte do mesmo Estado. Na votação, 97% dos eleitores responderam afirmativamente à consulta e, dois dias depois, Putin assinava a lei que incorporava a península à Rússia.