Defensores dos direitos civis anunciaram neste sábado que iniciaram procedimentos para obter a renúncia do prefeito da localidade americana de Ferguson, onde o chefe de polícia já abandonou o cargo em meio a acusações de racismo. Cinco militantes da Organização para a Luta dos Negros apresentaram um pedido à prefeitura para o afastamento de James Knowles.
[SAIBAMAIS]Para que o procedimento chegue a seu fim, é necessário que a petição seja assinada por ao menos 15% dos eleitores inscritos. O chefe da polícia de Ferguson (Missouri), Thomas Jackson, renunciou na quarta-feira após um contundente relatório elaborado pelo departamento de Justiça dos EUA condenar o assassinato do jovem negro Michael Brown por um policial branco.
O pedido de demissão é o mais recente desdobramento do caso, ocorrido em agosto de 2014. Thomas Jackson é o último funcionário a entregar o cargo em Ferguson, nos arredores de Saint Louis, sete meses após Brown ser baleado e morto pelo policial Darren Wilson. Este fato foi o estopim para protestos indignados e um debate nacional sobre o endurecimento na lei contra o racismo.
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O prefeito James Knowles prometeu reformas profundas na localidade, onde vivem 21 mil habitantes, dos quais dois terços são negros. Mas na quinta-feira, dois policiais foram feridos por tiros durante um protesto pelo tratamento que os negros recebem da força de segurança, formada em sua maioria por agentes brancos.
Segundo a polícia, os policiais sofreram uma "emboscada". Os investigadores prosseguem procurando um ou dois supostos autores dos disparos.