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Tiroteio em presídio em Honduras deixa três mortos e 15 feridos

Hoje, os 24 presídios de Honduras apresentam um cenário de superlotação

Três presos morreram e outros sete ficaram feridos, nesta quarta-feira, no tiroteio em um presídio no norte de Honduras, informou a polícia, acrescentando que oito agentes também ficaram feridos.

O porta-voz da Polícia Nacional, subdelegado Leonel Sauceda, relatou que cerca de 400 policiais e militares entraram no centro penal de San Pedro Sula, 240 km ao norte da capital, para realizar "controles".

O efetivo foi recebido com violência pelos reclusos, que "lançaram pedras e outros objetos e usaram armas de fogo", segundo o porta-voz.

De acordo com Sauceda, equipes da Inteligência detectaram que alguns líderes de quadrilhas estariam ordenando e coordenando, de dentro do presídio, assassinatos e extorsões em diferentes áreas do país.

Com capacidade para 1.300 internos, a instalação abriga quase 2.900 detentos.

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[SAIBAMAIS]O porta-voz da Força de Segurança Interna no norte do país, José Coello, informou que outro gatilho da revolta foi a decisão das autoridades de transferir cerca de 20 presos para outros presídios do país.

O bispo auxiliar de San Pedro Sul, monsenhor Rómulo Emiliani, declarou que a situação está "controlada". Ele mediou a negociação para conter a violência.

Um funcionário do Hospital Militar da cidade disse à AFP que os oito militares estão "fora de perigo".

Hoje, os 24 presídios de Honduras contam com cerca de 14.500 presos, um cenário de superlotação para um sistema penitenciário com capacidade para 8.500 pessoas, segundo organismos de direitos humanos.

Em 2004, 107 detentos morreram em um incêndio no presídio de San Pedro Sula.

A pior tragédia no país aconteceu em 2012, em Comayagua (80 km ao norte da capital), quando 360 presos e uma mulher que estava de visita morreram em um incêndio no presídio local.