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União Europeia pede à Rússia que garanta a diversidade de opiniões no país

Morte de Nemtsoy, opositor de Putin levantou questionamentos sobre participação do governo no assassinato; autoridades negam envolvimento.

A chefe da Política Externa da União Europeia, Federica Mogherini, pediu à Rússia hoje (11/3), durante debate no Parlamento Europeu, que conduza com transparência as investigações sobre o assassinato do ativista de oposição Boris Nemtsov, e que garanta o direito à diversidade de opiniões no país.

;As autoridades russas não só têm o dever de conduzir uma ampla e transparente investigação sobre o assassinato de Nemtsov, mas também precisam colocar um fim ao clima de suspeição, ódio e intolerância à diversidade de opiniões;, disse Mogherini.

Ela enfatizou que ;os cidadãos russos merecem uma Rússia aberta e democrática;, pois ;o reforço das liberdades políticas e o suporte à consolidação da democracia são objetivos definidos no artigo primeiro do Acordo de Parceria e Cooperação entre a União Europeia e a Rússia;.

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Nemtsov, ex-vice primeiro-ministro russo, era um crítico ferrenho das políticas econômicas do governo do presidente Vladimir Putin e liderava uma campanha contra o envolvimento da Rússia no conflito no Leste da Ucrânia. Ele foi baleado na noite de 27 de fevereiro enquanto caminhava com sua namorada nos arredores da Praça Vermelha, no centro de Moscou.

Ele é considerado a figura de oposição mais proeminente a ser assassinada na Rússia durante os 15 anos do governo Putin. Além dele, vários outros ativistas e opositores foram mortos em situações não esclarecidas.

O governo russo nega qualquer envolvimento na morte de Nemtsov e estabeleceu um comitê para apurar o caso, coordenado diretamente por Putin. Cinco suspeitos foram detidos no último fim de semana, entre eles Zaur Dadayev, que confessou a autoria do crime em depoimento à justiça. Membros de uma organização de direitos de prisioneiros que visitaram Dadayev na prisão alegam, entretanto, que ele foi forçado a fazer a confissão.