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EUA: cai número de grupos de extrema direita, mas violência continua

Nos últimos seis anos, um incidente de "terrorismo doméstico" aconteceu, em média, a cada 34 dias, indicou o documento do SPLC

Miami - Os grupos de extrema direita nos Estados Unidos diminuíram 17% no último ano, mas a violência extremista no país não recua, em parte devido à atuação de "lobos solitários", de acordo com um relatório divulgado nesta terça-feira.

Em 2014, foram contabilizados pelo menos 784 desses grupos, que costumam compartilhar ideologias racistas, ou ser violentamente contra o governo, informou o Southern Poverty Law Center (SPLC), que monitora atividades desses movimentos. No ano anterior, havia 939 grupos, de acordo com o SPLC.

"A queda no número de grupos extremistas não foi acompanhada de uma redução real na violência", afirmou o editor do relatório, Mark Potok.

"Parece que os extremistas estão abandonando esses grupos para se apoiar no anonimato da Internet, que lhes permite levar sua mensagem a uma ampla audiência", completou.

Nos últimos seis anos, um incidente de "terrorismo doméstico" aconteceu, em média, a cada 34 dias, indicou o documento do SPLC. Cerca de 90% dos ataques recentes foram obra de "lobos solitários", ou de casais de extremistas sem afiliação a qualquer organização.

Essas agressões são "as mais difíceis de antecipar e as que costumam ter mais sucesso", advertiu o SPLC, que fica no Alabama (sudeste dos EUA). As autoridades americanas temem particularmente os ataques dos "lobos solitários" autorradicalizados, como os irmãos de origem chechena Tsarnaev.



Os irmãos Tsarnaev foram acusados dos atentados na maratona de Boston, em 2013. No ataque, três pessoas morreram, e 264 ficaram feridas, o pior ataque em solo americano desde o 11 de Setembro.

O irmão mais velho, Tamerlan Tsarnaev, morreu abatido pela polícia quatro dias depois dos atentados. O mais novo, Djokhar, está sendo julgado.