Miami - No momento em que o governo dos Estados Unidos aumenta a segurança nos aeroportos do país, a rede americana NBC informou nesta terça-feira que centenas de crachás de funcionários foram perdidos, ou roubados, no aeroporto internacional Hartsfield-Jackson, de Atlanta. A assessoria do aeroporto minimizou a informação divulgada pela emissora.
Entre 2012 e 2014, desapareceram cerca de 1.400 crachás que permitem o acesso a áreas restritas do Hartsfield-Jackson, um dos aeroportos mais ativos nos Estados Unidos e que conta com mais de 60 mil funcionários, noticiou a NBC News. Ainda segundo a emissora, esse aeroporto é responsável pelo maior fluxo anual de passageiros no país.
Especialistas consultados pelo canal disseram que a situação é bastante grave e pode representar uma ameaça para a segurança dessa infraestrutura, que tem voos para 75 destinos internacionais - em 50 países - e 150 domésticos.
O porta-voz do aeroporto, Reese McCranie, minimizou o risco, alegando que apenas os crachás não permitem a entrada a zonas restritas. Segundo Reese, além do crachá com foto, é necessário um PIN.
"Levamos muito a sério a perda, ou o roubo, de crachás de funcionários. Mas, em momento algum, nenhuma pessoa com uma credencial roubada, ou perdida, tentou entrar nas áreas restritas do aeroporto", garantiu Reese McCranie, em e-mail à AFP.
"Em função dessas medidas de segurança, não acreditamos que os crachás perdidos, ou roubados, sejam um risco significativo para a segurança do aeroporto", acrescentou. "As credenciais são desativadas quando são relatadas como roubadas, ou extraviadas", insistiu.
O aeroporto de Atlanta foi o único a fornecer números de credenciais desaparecidas à NBC News. A rede investigava a situação no setor em nível nacional.
A TSA, agência americana responsável pela segurança aérea, divulgou uma nota afirmando que "recentemente tomou medidas para melhorar a segurança dos principais aeroportos dos Estados Unidos", incluindo uma supervisão mais rígida dos empregados, reforço da segurança em pontos de acesso e mais agentes nas instalações.
O Departamento de Segurança Interna dos EUA também determinou uma investigação para identificar áreas vulneráveis nos aeroportos, acrescentou a TSA.