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Combates ao Boko Haram matam 24 militares nigerianos em um mês

No domingo, os Exércitos nigeriano e chadiano lançaram uma ofensiva na Nigéria contra o Boko Haram. Os militares conseguiram retomar a cidade nigeriana de Damasak

Niamei - Pelo menos 24 soldados e policiais nigerianos morreram em um mês nos combates contra o grupo islâmico Boko Haram no sudeste do Níger, país fronteiriço com a Nigéria - anunciou a Polícia Nacional nesta terça-feira.

"O balanço provisório da crise até 8 de março de 2015 é o seguinte: 24 elementos das forças de defesa e de segurança mortos, 38 feridos", declarou o porta-voz da Polícia Nacional do Níger, Adily Toro, em nota à imprensa, relatando ainda o óbito de um civil.

De acordo com Toro, "513 elementos do Boko Haram foram mortos, dos quais 292 foram enterrados em Bosso", cidade próxima ao lago Chade, palco da sangrenta e primeira ofensiva do grupo nigeriano, em 6 de fevereiro.

Os boletins divulgados pelos países que combatem o Boko Haram - Nigéria, Chade, Camarões e Níger - costumam ser bastante desfavoráveis aos islamitas. Ainda não é possível confrontar esses números, porém, diante da ausência de outras fontes na zona de combate, como representantes de ONGs, ou da ONU.

Este último balanço não inclui as vítimas registradas em ambos os lados do conflito depois das ofensivas terrestre e aérea lançadas no domingo passado pelos Exércitos do Níger e do Chade contra o Boko Haram no nordeste da Nigéria, explicou uma fonte de segurança.

Também não considera o bombardeio em meados de fevereiro à cidade nigeriana de Abadan, que deixou 36 mortos e mais de 20 civis feridos. O governo nigeriano abriu uma investigação para determinar a origem do ataque, mas os resultados ainda não foram divulgados.

Segundo o porta-voz, 216 pessoas das 347 detidas na região de Diffa (sudeste), suspeitas de pertencerem ao Boko Haram, encontram-se sob custódia na célula antiterrorista de Niamei.

No domingo, os Exércitos nigeriano e chadiano lançaram uma ofensiva na Nigéria contra o Boko Haram. Os militares conseguiram retomar a cidade nigeriana de Damasak, em poder dos islamitas desde novembro passado.



Uma fonte chadiana de segurança relatou à AFP que cerca de 200 combatentes do grupo extremista morreram em Damasak. Nas fileiras militares, foram dez mortos e 20 feridos.

Já uma fonte de um hospital em Diffa, principal cidade do sudeste do Níger, a cerca de 30 km de Damasak, informou que a instituição registrou 33 militares feridos, sem especificar suas nacionalidades. Nem o governo, nem o Exército nigerinos comentaram o assunto.