A Casa Branca denunciou, nesta segunda-feira (9/3), os esforços "partidários" de congressistas republicanos para obstaculizar as negociações em curso com Teerã sobre o programa nuclear iraniano.
Em uma carta aberta aos líderes iranianos, quase todos os senadores republicanos, 47 de um total de 54, alertaram que acertos com o presidente Barack Obama podem não ser honrados no futuro, já que apenas o Congresso tem o poder de suspender de forma definitiva as sanções contra Teerã.
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O Executivo respondeu com bastante irritação, acusando os senadores de interferência e de continuar "uma estratégia partidária para minar a habilidade do presidente de conduzir a Política Externa e promover nossa segurança nacional".
"Isso levanta questões significativas sobre a intenção, ou sobre os objetivos de seus autores", alfinetou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, que acusou os senadores de estabelecerem um canal alternativo de comunicação com os políticos mais conservadores do Irã.
Com a data-limite de março chegando ao fim, os negociadores trabalham sem parar para conseguir um acordo para conter o programa nuclear do Irã em troca da redução das sanções ocidentais. Obter um acordo é visto como uma das prioridades da Política Externa do governo Obama.
O porta-voz da Casa Branca acusou os republicanos de apoiar ataques aéreos contra instalações do Irã. Segundo Earnest, essa ofensiva conteria o programa iraniano apenas de forma temporária.
"A pressa para a guerra, ou, pelo menos, a pressa para a opção militar que muitos republicanos estão defendendo, não é, de modo algum, no melhor interesse dos Estados Unidos", acrescentou Earnest.