Caracas - A Venezuela deu aos Estados Unidos um prazo de 15 dias para que apresente um plano de redução do número de funcionários de sua embaixada em Caracas, informou nesta segunda-feira a chanceler Delcy Rodríguez.
"Na manhã de hoje mantive uma reunião com o Encarregado de Negócios (dos Estados Unidos, Lee Mac Clenny). Foi uma reunião cordial onde esclarecemos o alcance destas ações", anunciadas no sábado pelo presidente Nicolás Maduro, disse Rodríguez.
"No que diz respeito à adequação de 17 funcionários, estabelecemos um prazo de 15 dias para que apresentem um plano sobre o nível dos funcionários que permanecerão no país", completou.
A chanceler acrescentou que nas próximas horas será publicada no Diário Oficial a decisão de exigir visto de entrada na Venezuela para cidadãos americanos, que terá um custo similar ao visto imposto aos venezuelanos por parte dos Estados Unidos.
O presidente venezuelano estabeleceu no sábado (7) um sistema de visto obrigatório para todo cidadão americano que visite a Venezuela, e determinou a revisão e a redução do corpo diplomático de Washington em Caracas.
"Para proteger o nosso país (...), decidi implantar um sistema de visto obrigatório para todo americano que ingressar na Venezuela", disse Maduro, acrescentando que diversos "chefes políticos dos Estados Unidos que violaram os direitos humanos bombardeando países como Síria, Iraque e Afeganistão não poderão entrar na Venezuela por (serem considerados) terroristas".
Maduro citou o ex-presidente George W. Bush, o ex-vice-presidente Dick Cheney e os congressistas republicanos Bob Melendes e Marco Rubio.
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Ao justificar a revisão, conforme a convenção de Viena, do número de diplomatas americanos destacados em Caracas, Maduro destacou que "os americanos têm 100 funcionários, nós temos 17 (em Washington). Condições de igualdade entre os Estados"
Maduro explicou que tomou a decisão de exigir visto após a captura de um piloto americano de origem latino-americana no estado de Táchira, oeste da Venezuela, suspeito de espionagem.