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Amigo revela que opositor tinha 'provas' do envolvimento russo na Ucrânia

Segundo fonte próxima à Nemtsov, o opositor possuía evidências de participação militar russa na Ucrânia

O opositor russo Boris Nemtsov, assassinado sexta-feira (27) em Moscou, tinha ;provas; da presença de soldados russos na Ucrânia e se preparava para divulgá-las, conforme informaram hoje (2) amigos próximos.

De acordo com entrevista de Ilia Iachin à France Press, Nemtsov "tinha provas e contou que estivera nas cidades de Ivanovo e Iaroslav, em contato com parentes de soldados russos mortos na Ucrânia". Segundo a agência de notícias, Iachin, que dirige o movimento da oposição Solidarnost, era um dos melhores amigos do opositor.

Iachin teme que as provas nunca cheguem ao conhecimento público.

;Não sei como ele conseguiu essas informações. Os investigadores foram à casa dele duas horas após o assassinato e, no dia seguinte, ao seu escritório, de onde levaram documentos. Estes locais estão selados;, acrescentou.

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Iachin revelou que, dois dias antes de ser assassinado, Boris Nemtsov informou que os dados estavam reunidos no relatório "Putin e a guerra", prestes a ser publicado;.

;Penso que se ele tivesse concluído o relatório, teria causado sensação;, assegurou Iachin à estação televisiva de oposição Dojd. "Não posso afirmar que o assassinato esteja ligado a este caso. Parece-me ser um dado importante, ao qual o inquérito deverá prestar atenção;, acrescentou.

Boris Nemtsov já tinha divulgado vários relatórios antes, um dos quais sobre a corrupção na preparação dos Jogos Olímpicos de inverno de 2014, em Sotchi.