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Ucrânia: Poroshenko denuncia 'atentado grave ao cessar-fogo'

Três soldados morreram e sete foram feridos nas últimas 24 horas, após somente dois dias de cumprimento do prazo, segundo o exército ucraniano

O presidente ucraniano Petro Poroshenko chamou, nesta sexta-feira (27/02), a morte de três soldados ucranianos durante um ataque rebelde de "grave atentado ao cessar-fogo", numa conversa telefônica com a chanceler alemã Angela Merkel - informou a chancelaria alemã.

"Os tiros dos separatistas contra as tropas ucranianas que estavam se retirando é um grave atentado ao cessar-fogo", declarou Poroshenko, citado por um comunicado do porta-voz de Merkel.

Segundo o exército ucraniano, os combatentes rebeldes atacaram "com tanques e morteiros" as posições ucranianas perto das ruínas do aeroporto de Donetsk, que desde o final de maio é palco de incessantes combates e passou para o controle total dos separatistas no último 23 de janeiro.

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Três soldados morreram e sete foram feridos nas últimas 24 horas, após somente dois dias de cumprimento do prazo, segundo o exército.

Poroshenko também "prestou contas" à chanceler alemã da aplicação "do lado ucraniano" dos acordos de paz assinados em Minsk em 12 de fevereiro, evocando "em particular o início da retirada dos armamentos pesados" mediante controle da Organização pela Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

Angela Merkel, sem comentar sobre os últimos enfrentamentos, insistiu "na necessidade da aplicação completa das medidas acordadas em Minsk, com um papel central da OSCE para seu acompanhamento".

Usando uma formulação bastante usada nos últimos meses, ela lembrou da "responsabilidade" das autoridades de Moscou, pedindo para que "intervenham junto aos separatistas pró-russos" para favorecer o processo de paz.

Ouvido nesta sexta-feira durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, o chefe da missão de observação da OSCE no leste da Ucrânia, Ertugrul Apakan, informou que faltam elementos para verificar a retirada de armas pesadas pelos dois lados - um dos pontos-chave do acordo de Minsk.