<p class="texto"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2015/02/27/473091/20150226223550776312u.jpg" alt="Estudantes mascarados participam de protesto contra o presidente Nicolás Maduro, em San Cristóbal, capital de Táchira: morte de estudante elevou tensão" /></p><p class="texto">Em meio a fortes críticas de organismos internacionais, preocupados com a ameaça à estabilidade da Venezuela, o presidente Nicolás Maduro endureceu a retórica e avisou: ;Ninguém deve meter os narizes nos assuntos venezuelanos;. Em discurso na cidade de Maturín, no estado de Monagas, ele prometeu apresentar as evidência do plano de um ;atentado golpista;. ;Nós temos uma democracia plena, à prova de tudo. A essa direita internacional, eu lhes digo, e espero que a mensagem chegue bem clara: ;Ocupem-se dos assuntos de seu país;;, declarou o presidente, que contou com o apoio dos colegas José ;Pepe; Mujica (Uruguai) e Evo Morales (Bolívia). O colombiano Juan Manuel Santos colocou-se à disposição para atuar como mediador entre o Palácio de Miraflores e a oposição. Ele lembrou que a troica formada pelos chanceleres de Brasília, Quito e Bogotá está pronta a ajudar no processo. ;O futuro somente pode ser construído se ambas as partes dialogarem; caso contrário, será muito difícil encontrar uma saída para os problemas da Venezuela; alertou.<br /><br />Durante visita a Montevidéu, Morales denunciou uma tentativa de golpe orquestrada por Washington. ;É uma conspiração dos Estados Unidos;, garantiu. ;Ouvimos as palavras do secretário de Estado (John Kerry) sobre sanções econômicas, convertidas em uma tentativa de golpe de Estado, e vamos defender a democracia na América Latina.; Mujica teme um complô de militares socialistas em Caracas. ;Com isso, a defesa democrática se vai ao c.... Seria um gravíssimo erro se abandonarem a Constituição;, disse ao jornal local El País. Na quarta-feira, o Congresso brasileiro aprovou moção de repúdio ao governo de Maduro e autorizou o envio de uma comitiva de senadores à capital venezuelana. <br /><br />O Correio apurou que a manobra do Legislativo não causou mal-estar no Itamaraty. Uma fonte da chancelaria lembrou que a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional do Senado é um poder independente. Segundo ela, os parlamentares possuem mecanismos próprios de diálogo, como o Parlamento do Mercosul (Parlasul). O formato de uma comissão da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) deve ser discutido à margem da posse do presidente eleito do Uruguai, Tabaré Vázquez, no domingo. <br /><br />A pressão sobre Maduro se intensificou, com demonstrações de preocupação por parte de entidades como a Anistia Internacional (AI), a Human Rights Watch (HRW ; leia Três perguntas para) e a Organização das Nações Unidas (ONU). A AI lamentou a ;trágica morte; de Kluiverth Roa ; estudante de 14 anos baleado pela polícia em San Cristóbal (Táchira) ; e advertiu que a violência vai se intensificar, ;caso as autoridades não enviem uma clara mensagem de que não se tolerará o uso excessivo da força;. A HRW cobrou posição mais incisiva da Unasul. ;Ao guardar silêncio sobre os abusos cometidos na Venezuela, os membros da Unasul estão se distanciando de seus princípios orientadores;, afirma a nota. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, mostrou apreensão com ;os novos relatos de violência e a perda de vidas; no país e saudou a iniciativa da Unasul.<br /><br /><strong>Prefeito</strong><br />Às 19h de ontem (17h30 em Caracas), Mizty de Ledezma atendeu ao telefonema do Correio, quando acabava de sair da prisão militar de Ramo Verde, onde visitou o marido ; o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, detido em 19 de fevereiro por suposto envolvimento na conspiração contra Maduro. ;Ele está sereno, com todas as coisas elementares de que pode dispor, como comida; Está muito sereno e convencido de que fez o que precisava fazer: seguir lutando;, relatou à reportagem. ;Antonio pediu que todos mantenhamos a unidade. Disse-me que, hoje, mais do que nunca, unidos, poderemos lutar contra o governo antidemocrático. Ele deseja que a oposição fique firme, nas ruas.; De acordo com Mizty, as autoridades de Ramo Verde, a 30km da capital, se responsabilizaram pela vida do prefeito. <br />[VIDEO2]<br />O presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Diosdado Cabello, divulgou que Ledezma fez ligações para Carlos Manuel Osuna Saraco, suspeito de financiar o complô para derrubar Maduro. Os telefonemas teriam sido realizados para um número internacional, proveniente dos EUA e pertencente ao general de brigada Eduardo Báez Torrealba e a Saraco. ;As evidências são notórias. As provas são extremamente claras;, disse Cabello. Omar Estacio, advogado de Ledezma, falou ao Correio por telefone e rebateu o chefe do Legislativo. ;A denúncia se baseia em dados falsos, em provas irregulares e em conclusões jurídicas inválidas. Pretende-se imputar a Antonio Ledezma um crime que não existiu.; De acordo com o defensor, as provas foram ;manipuladas e contaminadas;. ;Os delitos não se ajustam aos artigos 132 do Código Penal e 37 da Lei contra a Delinquência Organizada. Nós conhecemos a debilidade do sistema judicial venezuelano, mas vamos esgotar todos os recursos;, prometeu Estacio.</p><p class="texto"> [VIDEO1]</p><p class="texto">A matéria completa está disponível<a href="http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/ciencia/2015/02/20/interna_ciencia,159791/o-sol-que-nao-te-deixa.shtml"> </a><a href="http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/ciencia/2015/02/26/interna_ciencia,160446/maquina-fera-em-atari.shtml">aqui</a>, para assinantes. Para assinar, clique <a href="https://www2.correiobraziliense.com.br/seguro/digital/assine.php">aqui.</a> </p>