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Estados Unidos se propõem a colaborar para acordo de paz na Colômbia

Washington, Estados Unidos - Os Estados Unidos não são parte nas negociações de paz entre a Colômbia e as Farc e com o enviado especial Bernard Aronson, se propõe a ajudar as partes a implementar um eventual acordo de paz, afirmou nesta quarta-feira o secretário de Estado americano, John Kerry.

"Não estamos na mesa de negociação", enfatizou Kerry, diante da Comissão de Relações Exteriores da Câmara de Representantes, ao comentar a nomeação de Bernard Aronson como ;enviado especial; para as conversações de paz, celebradas em Cuba desde 2012.

Também nesta quarta, o governo colombiano e as Farc reiniciaram as negociações em Havana.Em razão do Plano Colômbia, o governo dos Estados Unidos destinou, em 2014, US$ 214 milhões apenas em ajuda militar e outros US$ 164 milhões para outras áreas, de acordo com a Anistia Internacional.

O nome de Bernard Aronson foi anunciado na última sexta-feira. Ele já trabalhou como subsecretário de Estado para a América Latina na resolução de conflitos em El Salvador e Nicarágua.

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Após a nomeação, Aronson disse que não levará para as negociações "um plano elaborado em Washington", nem estará presente nas reuniões. Ele elencou as tarefas pelas quais é responsável, como "estimular, persuadir, aproximar e ajudar onde for possível".

O governo colombiano e a cúpula das Farc se declararam satisfeitos com a indicação do diplomata. "Os Estados Unidos não fazem isso todos os dias. Em raras ocasiões, tomam a decisão política de nomear o que chamam de um enviado especial para se envolver em algum conflito", assinalou o presidente colombiano, Juan Manuel Santos.

Por sua vez, o chefe guerrilheiro Pastor Alape comentou em um programa de televisão: "vemos como uma atitude responsável, de muito compromisso, de sensatez, que os Estados Unidos participem nestas negociações, porque consideramos que assim é possível avançar com mais seriedade e segurança".