Washington, Estados Unidos - O secretário de Estado americano, John Kerry, tentou nesta quarta-feira apaziguar os temores de legisladores dos Estados Unidos de que um novo acordo nuclear com o Irã só detenha por alguns anos o desenvolvimento de armas atômicas por parte de Teerã.
"O Irã tem proibido para sempre construir uma arma nuclear, que é a essência de formar parte do Tratado de não proliferação, do qual eles participam", afirmou o chefe da diplomacia americana diante do Comitê de relações exteriores da Câmara de Representantes.
O Irã assinou este tratado, ainda que já tenha sido encontrado um não cumprimento parcial do mesmo pelo menos ao que se refere a não declarar seu programa de enriquecimento de urânio.
Grã-Bretanha, China, França, Alemanha, Rússia e Estados Unidos parecem estar próximos de selar um acordo com o Irã para que suspenda seu programa nuclear. Funcionários americanos disseram que querem que o acordo se mantenha vigente por um tempo prolongado e negaram que estejam falando apenas de dez anos.
"Por favor, compreendam, não ha redução (de restrições) de prazo algum que vá permitir que o Irã construa uma arma nuclear", declarou Kerry aos legisladores quando foi pressionado a responder se um acordo com Teerã poderia eventualmente permitir que desenvolvesse armas atômicas.
Kerry enfatizou que a chave é assegurar-se de que o programa nuclear do Irã "seja exclusivamente para fins pacíficos", como está previsto pelo tratado internacional.
Os negociadores dos Estados Unidos e do Irã se reunirão na próxima semana na Suíça para continuar as negociações. A data limite para serem esboçadas as linhas gerais do acordo é 31 de março.
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