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Com papa, jihadista e Marine Le Pen na capa, Charlie Hebdo volta às bancas

Os ataques extremistas no mês passado acarretaram na morte de 17 pessoas, incluindo quatro judeus alvejados num supermercado kosher e uma policial

Paris - "Voltamos". Com essas palavras - e uma charge retratando o papa, um jihadista e a líder de extrema-direita Marine Le Pen como um bando de cães raivosos -, o jornal satírico Charlie Hebdo marcou seu retorno nesta quarta-feira às bancas.

Os integrantes do jornal se isolaram por uma "questão de sobrevivência", uma semana após o atentado ocorrido na redação, em 7 de janeiro. Na ocasião, 12 pessoas foram mortas, inclusive alguns dos cartunistas mais amados na França.



A "edição dos sobreviventes", que começou a circular no dia 14 de janeiro, teve uma procura acima da média graças às pessoas que saíram de madrugada para garantir um exemplar nas bancas de jornal de todo o país.

A edição que circula neste 25/2 tem tiragem de 2,5 milhões de exemplares, com lançamento estendido aos Estados Unidos. Nesta quarta-feira, porém, as vendas do Charlie Hebdo foram bem mais modestas.