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Netanyahu diz que fará 'tudo o que puder' para impedir acordo com Irã

"É meu dever como primeiro-ministro fazer tudo o que puder para impedir este acordo", disse Netanyahu, segundo seu gabinete

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou nesta terça-feira que fará "tudo o que puder" para impedir um acordo entre as grandes potências e o Irã sobre o programa nuclear iraniano.

"É meu dever como primeiro-ministro fazer tudo o que puder para impedir este acordo", disse Netanyahu, segundo seu gabinete.

"Por isso, irei a Washington e me dirigirei ao Congresso americano, que provavelmente será o último freio (possível) antes de que se assine o acordo", acrescentou.

"Este acordo equivale, com o aval das grandes potências, a dar ao Irã, que declara abertamente querer destruir o Estado de Israel, permissão para construir bombas", disse Netanyahu.

Netanyahu anunciou no mês passado que tinha aceitado discursar no Congresso, após receber um convite do presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner.

Os aliados de Obama temem que a viagem de Netanyahu seja usada por Israel e os republicanos para levantar oposição a um acordo com o Irã, em um momento em que as negociações com Teerã sobre seu programa nuclear se encontram em uma fase crítica.

Nesta terça-feira, o secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou que seu país saberá em breve se o Irã quer selar um acordo para garantir ao mundo que não pretende desenvolver uma arma nuclear.

Depois das recentes negociações em Genebra com seu colega iraniano, Kerry mostrou-se prudente e, durante audiência com parlamentares americanos, disse que não sabia se era possível alcançar um acordo. A data limite é 31 de março.

Os dois atores desta última fase de negociações, o próprio Kerry e o chefe da diplomacia iraniana, Mohamad Javad Zarif, se reuniram no domingo e na segunda-feira em Genebra e, provavelmente, voltarão a se encontrar na próxima semana, também na Suíça.

O Irã e as potências do grupo 5%2b1 (Estados Unidos, China, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha) pactuaram um calendário em duas etapas para fechar um acordo político antes de 31 de março e negociar os detalhes técnicos antes de 1; de julho.

As negociações buscam um acordo que autorize algumas atividades nucleares civis, mas que impeça o acesso de Teerã à arma atômica. Em troca, os países ocidentais oferecem suspender as sanções internacionais que prejudicam a economia iraniana.