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Detenção de prefeito de Caracas é fonte de alarme para a União Europeia

Antonio Ledezma foi detido na semana passada pelo serviço de inteligência e colocado em "prisão provisória" acusado de crimes de conspiração

Bruxelas - A União Europeia (UE) considera a detenção do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, uma "fonte de alarme", assim como as informações de "supostas intimidações e maus-tratos de outros líderes da oposição detidos", afirma um comunicado do bloco.

"A recente detenção do prefeito de Caracas e veterano líder da oposição, Antonio Ledezma, é uma fonte de alarme, assim como as informações sobre supostas intimidações e maus-tratos de outros líderes da oposição e estudantes detidos que participaram nos protestos do último ano", afirmou o serviço diplomático comunitário em um comunicado.

A UE recorda as autoridades venezuelanas que devem garantir que as acusações contras os detentos são investigadas rápida e imparcialmente dentro do pleno respeito do princípio de presunção de inocência. O serviço diplomático destaca ainda como "essencial" que em um ano em que devem acontecer eleições legislativas "não apenas sejam respeitadas a liberdade de expressão e os direitos fundamentais, mas que se vele por seu respeito".



Antonio Ledezma foi detido na quinta-feira da semana passada pelo serviço de inteligência e colocado em "prisão provisória" acusado de crimes de conspiração. Ledezma foi levado para a prisão de Ramo Verde, a 30 km de Caracas, onde permanece há mais de um ano outro líder da oposição venezuelana, Leopoldo López.

Como prova de um suposto golpe de Estado denunciado pelo presidente Nicolás Maduro, este citou no dia da detenção de Ledezma um documento assinado pelo prefeito, por Leopoldo López e María Corina Machado, que foi destituída do cargo de deputada em 2014, denominado "Acordo nacional para a transição", divulgado pela imprensa local em 11 de fevereiro e que apresenta uma série de propostas políticas e econômicas.