Os violentos confrontos entre os partidários da primeira-ministra de Bangladesh, Sheij Hasina, e da líder da oposição Khaleda Zia deixaram mais de 100 mortes nas últimas semanas, informou a polícia nesta segunda-feira.
Os corpos de seis homens crivados de balas foram descobertos nesta segunda-feira na capital Dacca, o que eleva para 104 o número de mortos de ambos os lados. As quatro vítimas foram executadas depois de serem apanhadas na posse de coquetéis Molotov.
Zia, que foi primeira-ministra em duas ocasiões, convocou em 5 de janeiro um protesto com o objetivo de paralisar os transportes do país. Desde então seus simpatizantes atacaram carros, ônibus e caminhões.
A líder do Partido Nacionalista de Bangladesh (BNP) garante que tem sido impedida de sair de seu escritório desde 3 de janeiro, quando pediu que a população manifestasse para marcar o primeiro aniversário da reeleição de Hasina, considerada por ela como uma "farsa".
Um dos corpos encontrado nesta segunda é o de Abdul Wadud, um líder sindical do BNP, enquanto os outros três não foram identificados, indicou à AFP o inspetor Masud Parvez, no distrito de Mirpur, Dacca. Mais de 10.000 manifestantes foram presos, enquanto a primeira-ministra recusa qualquer diálogo com a sua rival.