"O exemplo ucraniano nos ensinou muitas coisas, não permitiremos o Maidan em nosso país", afirmaram os organizadores da passeata, que reuniu 35.000 pessoas, segundo a polícia moscovita.
O protesto tinha como objetivo recordar o primeiro aniversário das manifestações da Praça Maidan, em Kiev, que forçaram o fim do governo do presidente Viktor Yanukovich, e mostrar que a Rússia não aceitaria atos similares.
"Não a Maidan, não à guerra", "Maidan é uma doença. Vamos curar", afirmavam alguns cartazes exibidos por manifestantes.
Yanukovich, presidente da Ucrânia desde 2010, fugiu do país em fevereiro de 2014 e seguiu para a Rússia após a violenta repressão de Maidan, uma praça do centro de Kiev, epicentro dos protestos contra seu regime.
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Pouco depois, a Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia, de maioria de língua russa, e apoiou os separatistas pró-Rússia do leste da Ucrânia quando iniciaram a insurgência contra o governo de Kiev em abril.
O conflito entre o exército ucraniano e os rebeldes pró-Moscou provocou quase 5.700 mortes em 10 meses, segundo o balanço mais recente da ONU.
Passeatas do mesmo tipo aconteceram neste sábado em várias cidades russas como São Petersburgo (noroeste), Ekaterimburgo (Ural) ou Vladivostok (leste).
Putin continua sendo o político mais popular na Rússia, apesar da crise econômica que o país enfrenta, sobretudo por culpa da queda do preço do petróleo.
Estados Unidos e União Europeia aprovaram sanções econômicas contra Moscou em represália por sua intervenção no conflito do leste da Ucrânia.