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Unasul prepara visita à Venezuela para avaliar situação do país

A comissão diplomática deverá examinar não apenas a crise, mas possíveis saídas para o país vizinho

Uma comissão da Unasul, formada pelos chanceleres de Brasil, Colômbia e Equador, prepara uma visita à Venezuela com vistas a uma próxima reunião extraordinária da organização sobre a situação do país, informou nesta sexta-feira (20/02) seu secretário-geral, Ernesto Samper.

"Estivemos trabalhando esta semana no que poderia ser uma agenda de visita, que seria celebrada certamente na semana que vem e, a partir desta visita, a ideia é convocar uma reunião extraordinária de chanceleres", disse Samper à emissora colombiana Caracol Radio.

O secretário-geral da União de Nações Sul-americanas (Unasul) anunciou que os ministros das Relações Exteriores que viajariam a Caracas seriam os mesmos nomeados no ano passado para promover contatos entre a oposição e o governo da Venezuela: o do Brasil, Mauro Vieira; o do Equador, Ricardo Patiño, e a da Colômbia, María Ángela Holguín.

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O objetivo da posterior reunião extraordinária de chanceleres que a organização vai convocar será "examinar não apenas o tema em si, mas as possíveis saídas" para a tensão atual na Venezuela, explicou Samper.

"Eu penso que este é o papel da Unasul: buscar espaços de comunicação que preservem um pouco a institucionalidade democrática", acrescentou, referindo-se não só à situação política do país, mas também à sua crise econômica.

O país caribenho, com as maiores reservas petrolíferas do mundo, acumula pelo menos três trimestres de recessão, uma escassez de um terço dos produtos básicos e uma inflação de 64% em 2014.

Samper disse que nas últimas semanas manteve intercâmbios com os governos da região sobre a Venezuela e determinou que "existe preocupação com a situação".

O governo de Nicolás Maduro intensificou sua ofensiva nesta quinta-feira contra a oposição a seu governo, quando os serviços de inteligência detiveram o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, poucos dias após o primeiro aniversário da prisão do opositor Leopoldo López e dos protestos que desencadearam uma crise política no país.

Na semana passada, Maduro tinha denunciado a desarticulação de um "atentado golpista" contra ele, um episódio no qual a Unasul já tinha expressado apoio ao governo venezuelano. Com sede em Quito, a Unasul é formada por Brasil, Argentina, Bolívia, Colômbia, Chile, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.