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Aumenta número de enterros sem precauções em países afetados por Ebola

Cuidados adequados com os cadáveres altamente contagiosos de pacientes com Ebola são fundamentais para evitar mais contaminação, que pode ocorrer durante o tradicional banho mortuário.

Genebra - Serra Leoa e Guiné, atingidas por uma epidemia de febre hemorrágica Ebola, registrou recentemente um aumento dos funerais sem precauções, podendo assim contribuir para a propagação da doença, alertou nesta quinta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A Guiné listou 39 enterros em situação de risco e Serra Leoa registrou 45 na semana encerrada em 15 de fevereiro, de acordo com um relatório da OMS divulgado na quarta-feira.

[SAIBAMAIS]

Cuidados adequados com os cadáveres altamente contagiosos de pacientes com Ebola são fundamentais para evitar mais contaminação, que pode ocorrer durante o tradicional banho mortuário.

A OMS também chamou a atenção dos centros de tratamento especializados em caso de sintomas, observando que mais de 40 novos casos confirmados de Ebola só foram identificados nos dois países após a morte das pessoas infectadas em suas comunidades de origem.



"Essas pessoas não receberam o tratamento que poderia ter salvo suas vidas, e além disso outros membros da comunidade estiveram em perigo de exposição" ao Ebola, apontou a agência da ONU.

Segundo a OMS, o número de "incidentes de segurança" também aumentou na Libéria durante a semana passada depois de rumores de que o vírus estava nas seringas utilizadas para vacinações de rotina.

Até 15 de fevereiro, pelo menos 23.253 pessoas haviam sido infectadas com o Ebola, dentre as quais pelo menos 9.380 morreram, em sua maioria em Serra Leoa, Guiné e Libéria, segundo dados oficiais, provavelmente, muito abaixo da realidade.

Na semana passada, a Guiné relatou 52 novos casos confirmados e Serra Leoa, 74, uma ligeira diminuição em ambos os países em relação à semana anterior. Libéria, que durante muito tempo foi o país mais afetado pela epidemia, relatou apenas dois novos casos.

A epidemia no oeste africano, a pior desde a identificação do vírus na África Central em 1976, teve início em dezembro de 2013, no sul da Guiné.

O vírus é transmitido pelo contato direto com fluidos corporais de pacientes com sintomas como febre, vômitos e sangramento.