Bangcoc - A ex-primeira-ministra tailandesa Yingluck Shinawatra foi indiciada nesta quinta-feira (19/02) por negligência em um caso relacionado ao programa de subsídios a cultivo de arroz e pode ser condenada a 10 anos de prisão.
O Supremo Tribunal terá que confirmar em 19 de março se julgará o caso. De modo paralelo, a junta militar que governo o país poderia iniciar uma ação civil para pedir uma compensação bilionária por este programa de subsídios.
Yingluck Shinawatra, expulsa do poder um pouco antes do golpe de Estado de maio do ano passado, teve os direitos políticos cassados por cinco anos em janeiro, por decisão de uma assembleia nomeada pelos militares.
Após o indiciamento, o advogado da ex-premier, Norawit Larlaeng, afirmou que Shinawatra não pretende fugir do país.
Em janeiro, ao prestar depoimento à assembleia, a ex-primeira-ministra afirmou que os subsídios concedidos durante seu mandato eram necessários para ajudar os agricultores pobres. Apesar disso, o programa se mostrou inviável economicamente e deixou o país com grandes quantidades de arroz que não foram vendidos.
De acordo com analistas, o objetivo dos processos judiciais é eliminar do cenário político Yingluck e seu irmão Thaksin, que venceram todas as eleições desde 2001.
A Tailândia, dividida entre partidários e detratores do clã Shinawatra, vive em crise política permanente desde o golpe de Estado de 2006 contra Thaksin, que partiu para o exílio para evitar a prisão em um caso de suposta corrupção.