O canadense Luka Rocco Magnotta decidiu, nesta quarta-feira, não apelar de sua sentença de prisão perpétua pelo assassinato de um estudante chinês a quem esquartejou, aceitando, a princípio, encontrar-se com o pai da vítima.
Magnotta, conhecido como o "esquartejador de Montreal" por assassinar e esquartejar em maio de 2012 Lin Jun, seu parceiro sexual ocasional, se dirigiu brevemente por meio de uma videoconferência na prisão ao Tribunal de apelações de Montreal.
"Não vamos continuar com o processo de apelação", afirmou seu advogado de defesa, Luc Leclair, na saída da audiência, esta quarta-feira.
Segundo Leclair, seu cliente não quer passar por um novo processo, "encarar de novo 12 jurados e a imprensa, nem enfrentar as mesmas provas ou repassar sua vida" no tribunal, mais ainda quando um novo processo poderia terminar com as mesmas conclusões e a mesma carga penal, completou.
No final de dezembro, o júri declarou Magnotta culpado e o condenou à prisão perpétua, que no Canadá é a pena máxima, sem direito a liberdade condicional antes de 25 anos.
Depois do veredicto, o pai de Lin jun solicitou uma reunião com Magnotta para tentar entender as razões do assassinato.
Sem receber uma resposta afirmativa, o pai voltou à China depois de passar mais de três meses no tribunal, durante o processo judicial.
Nesta quarta-feira, Magnotta aceitou se reunir com o pai de sua vítima. "Ele quer explicar suas ações na medida do possível", comentou o advogado Leclair.
Dias depois da morte de Lin, a polícia descobriu seu dorso em uma mala no contêiner de lixo fora de um apartamento em uma rua muito movimentada de Montreal.
Após o assassinato que comoveu o Canadá, Magnotta fugiu para Paris e de lá para a Alemanha, onde foi reso em um cibercafé de Berlim, no dia 4 de junho de 2012, quando lia notícias sobre si mesmo.
O ator pornô de 32 anos, cujo nome real é Eric Clinton Newman, havia mudado seu nome para Magnotta em 2006 depois de usar outros nomes como Vladimir Romanov e Ángel.