A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, anunciou nesta segunda-feira que irá se reunir com autoridades egípcias e americanas esta semana para discutir uma possível ação conjunta na Líbia, mas sem contemplar um papel militar para a União Europeia (UE).
Após a decapitação de 21 cristãos egípcios na Líbia, Federica anunciou hoje em Madri que irá se reunir com o secretário de Estado americano, John Kerry, e com o chanceler egípcio, Sameh Shoukry.
"Iremos nos reunir em Washington esta semana para determinar as ações possíveis frente à crise líbia", afirmou, em entrevista coletiva com o chefe da diplomacia espanhola, José Manuel García Margallo, após uma reunião em Madri.
"Existe hoje na Líbia uma dupla ameaça: a ameaça de um país que está se desintegrando e de um país onde o Estado Islâmico (EI) está se infiltrando e tomando o poder", considerou a alta representante da UE para a Política Externa e de Segurança Comum.
"Não está na ordem do dia contemplar a participação da União Europeia em um ação militar, sob qualquer forma", afirmou Federica, que se declarou disposta a discutir um eventual apoio da UE aos esforços para estabilizar a Líbia e combater a ameaça do EI, com a condição de que sejam aprovados pela ONU e "dirigidos pela Líbia".