Quito - A União das Nações Sul-americanas (Unasul) expressou seu apoio ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, depois de suas denúncias sobre a desarticulação de um atentado golpista por parte de militares que foram detidos.
"O organismo reitera sua vontade de encontrar caminhos democráticos e pacíficos e reitera seu apoio ao presidente Nicolás Maduro", escreveu no Twitter Ernesto Samper, secretário-geral da Unasul.
[SAIBAMAIS]
Na quinta, em um comício em Caracas, Maduro informou sobre planos fracassados para dar um golpe de Estado na Venezuela, e envolveu os Estados Unidos no suposto complô.Também na véspera, estudantes opositores foram às ruas em Caracas e em San Cristóbal (oeste da Venezuela), e pelo menos duas pessoas ficaram levemente feridas, em manifestações um ano depois do início dos sangrentos protestos na capital contra o governo Maduro.
Centenas de simpatizantes do governo também marcharam pelo centro de Caracas para comemorar o Dia da Juventude. No encerramento da atividade oficial, esperava-se um discurso do presidente Maduro, suspenso por causa da chuva.
A origem dos protestos de 2014 contra a insegurança, contra o enfraquecimento da economia (a inflação chegou em 2014 a 64%) e contra a escassez de produtos básicos foi a prisão do líder do partido Vontade Popular, Leopoldo López.
Em 18 de fevereiro, completa-se um ano desde que López, acusado de incentivar a violência nos protestos, entregou-se à justiça em uma grande manifestação. Seu julgamento segue em processo.
Aqueles confrontos deixaram centenas de feridos, a maioria com lesões leves, e pessoas intoxicadas pelos gases usados pela polícia. Cerca de 1.500 pessoas foram submetidas a processos judiciais, ou a medidas cautelares. Segundo a Defensoria do Povo, apenas 51 pessoas continuavam detidas até meados de janeiro.