Washington - O presidente da Câmara de Representantes americana, o republicano John Boehner, assinou nesta sexta-feira (13/02) um projeto de lei que autoriza a construção do oleoduto Keystone XL entre Canadá e Estados Unidos, e que previsivelmente será vetado por Barack Obama.
"Keystone XL é uma boa ideia para nossa economia, é uma boa ideia para nosso país", disse Boehner durante a cerimônia de assinatura, cercado por vários legisladores republicanos.
Barack Obama já anunciou que apresentará seu veto à lei aprovada na quarta-feira (11/02) pelo Congresso porque considera que a iniciativa legislativa busca abreviar o processo normal de autorização presidencial, iniciado em 2008 e ainda não concluído. O presidente americano quer conservar sua capacidade decisória, mas não revelou se finalmente aprovará o projeto.
De acordo com a Constituição, Obama tem dez dias úteis para promulgar ou vetar a lei. Seria o primeiro veto do presidente desde janeiro, quando os republicanos assumiram o controle do Congresso após as legislativas de novembro.
Junto aos ecologistas, os democratas advertem contra os riscos de vazamentos do oleoduto. Denunciam os favores realizados a uma empresa estrangeira, o operador TransCanada, que apresentou seu pedido em 2008 e novamente em 2012.
Os republicanos, apoiados pelo governo conservador canadense de Stephen Harper, fazem referência aos empregos que a obra geraria, ao fortalecimento da independência energética americana e à segurança do transporte do petróleo por oleoduto em vez das ferrovias.
Keystone XL teria 1.900 km, dos quais 1.400 em território americano, e seria uma versão menor do oleoduto Keystone original. Teria uma capacidade 40% superior à do original para transferir petróleo obtido das areias betuminosas de Alberta (oeste do Canadá) até Nebraska (centro dos Estados Unidos), de onde seria enviado às refinarias do Golfo do México através de uma rede de oleodutos já existente.