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'Hackers' pró-EI atacam Twitter da Newsweek e ameaçam família Obama

Foram publicadas mensagens como "Eu sou Estado Islâmico" na conta da revista americana

O FBI investigará o ciberataque desta terça-feira(10/2) contra a conta no Twitter da revista Newsweek, reivindicado por ;hackers; que disseram agir em nome do grupo Estado Islâmico (EI) e ameaçaram a família do presidente americano Barack Obama.

"Esta intrusão em particular está sendo investigada pelo FBI", declarou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, em coletiva de imprensa diária. O funcionário afirmou não ter "nenhum elemento de resposta às reivindicações dos piratas".

Os ;hackers;, que reivindicaram um ;cibercalifado;, invadiram durante 14 minutos a conta da Newsweek e publicaram mensagens como "Sangrento St-Valentin#Michelle Obama! Vigiamos você, seus filhos e seu marido", segundo informações da imprensa.

A conta também exibia a imagem de uma figura encapuzada com a frase "Cyber Caliphate" ("Ciber Califado") seguida de uma mensagem "Je suis IS" ("Eu sou Estado Islâmico") em resposta ao "Je suis Charlie ("Eu sou Charlie"), lema difundido após o ataque mortal ao semanário francês Charlie Hebdo.

A Newsweek, uma publicação que pertence ao grupo IBT Media, disse que a conta foi tomada por cerca de 14 minutos antes de o Twitter devolver o controle para a publicação.

"Nós podemos confirmar que a conta do Twitter da Newsweek foi ;hackeada; esta manhã, mas já foi retomado o controle da conta", disse a editora da Newsweek Kira Bindrim em um comunicado.

"Nós pedimos desculpas aos nossos leitores por qualquer coisa ofensiva que pode ter sido mandada pela nossa conta durante o período em que foi ;hackeada;, e nós estamos trabalhando para reforçar a segurança da nossa redação".

Os usuários do Twitter perceberam a anomalia e viram a conta aparecer restaurada em pouco tempo, com uma imagem vazia de "ovo" no lugar da logo habitual.

Em janeiro, o site do Comando Central Americano (Centcom), que organiza os ataques da coalizão contra o Estado Islâmico, publicou o que aparentava ser uma lista com telefones dos escritórios do oficiais, sutilmente desatualizada.

Os tuítes não autorizados foram removidos, mas imagens divulgadas pela mídia mostravam mensagens de ameaças contra a primeira-dama americana Michelle Obama e mensagens apoiando a "ciberjihad".

Uma outra mensagem dizia: "Enquanto os EUA e seus satélites estão matando nossos irmãos na Síria, no Iraque e no Afeganistão, nós estamos destruindo seu sistema de segurança informático por dentro."

O movimento veio no mesmo dia em que a administração dos EUA anunciou o lançamento de um novo centro de ciberinteligência que visa integrar as informações sobre ameaças e críticas às redes de computadores.

Outras grandes organizações midiáticas tiveram suas contas em redes sociais ameaçadas, incluindo a BBC, a Associated Presse e a Agence France-Presse.