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Começa nos EUA processo do acusado de matar o verdadeiro 'Sniper Americano'

A defesa alega que o acusado sofre de doença mental

Coincidindo com o sucesso nas bilheterias de "Sniper Americano", nesta quarta-feira (11/02) será julgado no Texas Eddie Routh, o homem acusado de matar Chris Kyle, ex-membro das forças especiais que inspirou o personagem do filme de Clint Eastwood, interpretado por Bradley Cooper.

O também ex-membro das forças especiais Eddie Ray Routh, de 27 anos, foi acusado de matar Chris Kyle, de 38, e seu amigo, Chad Littlefield, de 35, em um clube de tiro campestre de Glen Rose, no sudoeste de Forth Worth (Texas), em 2 de fevereiro de 2013.

Chris Kyle era considerado uma lenda por ter em seu registro oficial a morte de 160 alvos durante seus quatro turnos de serviço no Iraque, mas ele dizia ter matado até 255 pessoas.

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O sucesso de sua autobiografia inspirou o filme "Sniper Americano", um sucesso de bilheteria nos cinemas dos Estados Unidos e que tem seis indicações ao Oscar, entre eles o de Melhor Filme e Melhor Ator para Cooper.

As audiências do processo começarão na quarta-feira e devem durar, segundo a imprensa americana, duas semanas. A seleção dos doze jurados terminou nesta segunda-feira. Routh é acusado de matar os dois homens antes de fugir no carro de Kyle. Detido no mesmo dia na casa da irmã, o ex-membro das forças especiais americanas confessou os dois assassinatos.

Kyle sofria de estresse pós-traumático e isto o levou a participar da criação da fundação Fitco Cares para atender soldados com os mesmos problemas. O jovem que pode ir para a prisão tem uma alternativa, pois o promotor Alan Nash anunciou que não pedirá a pena de morte.

Se for confirmado que sofre de uma doença mental, o que será a alegação da defesa, ele poderá passar o resto da vida em uma instituição psiquiátrica. O juiz Jason Cashon rejeitou o pedido da defesa de alterar e adiar o processo, devido à comoção que o filme pode suscitar.

Nesta terça-feira, um dos advogados do acusado, J. Warren St John, pediu ao júri para julgar o jovem "como uma pessoa". "Ele não é uma personalidade da televisão", disse o advogado, citado pelo jornal Dallas Morning News.

"Chris Kyle era um herói, mas apesar do que vocês viram ou leram, apesar de sua morte afetá-los, devem dizer que (Routh) é inocente", disse a defesa, explicando porque vão alegar a doença mental.

O ex-membro das forças especiais virou famoso depois do lançamento de suas memórias e passou a ser conhecido como "o franco-atirador de elite mais mortal da história militar americana".

O filme, que faturou mais de US$ 280 milhões desde sua estreia, há sete semanas, ajudou a impulsionar a notoriedade do personagem polêmico.