O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, mostrou neste sábado vários passaportes de soldados russos que teriam entrado na Ucrânia para provar "a agressão e a presença de tropas russas" combatendo ao lado dos rebeldes no leste do país.
[SAIBAMAIS]"Tanques russos, veículos blindados, lançadores múltiplos de foguetes e munições se multiplicam" na fronteira entre os dois países, denunciou. Tanques russos "cheios de munição matam meus soldados, matam civis ucranianos", acrescentou.
"Nosso vizinho violou o direito internacional e anexou parte do nosso território. Hoje, um ex-parceiro estratégico lançou uma guerra secreta contra um Estado soberano", continuou Poroshenko.
"Precisamos de coisas simples, um cessar-fogo", lançou ele em referência às negociações em curso entre Angela Merkel, François Hollande e Vladimir Putin.
"Vocês podem imaginar que, em pleno século 21, alguém na Europa possa se opor" a tal medida?, questionou.
"Só o acordo Minsk (assinado em setembro e nunca aplicado) pode ser o caminho para estabilizar a situação", prosseguiu.
"Nós não precisamos de uma operação de manutenção da paz, mas de um cessar-fogo, da retirada das tropas estrangeiras" russas, insistiu o presidente ucraniano.
"Se as tropas estrangeiras se retirarem da fronteira (com a Rússia, agora fora do controle de Kiev), a paz e a estabilidade voltariam em algumas semanas", assegurou.