Jornal Correio Braziliense

Mundo

Justiça condena a prisão egípcio por atentados contra embaixadas nos EUA

Bary declarou-se culpado por trabalhar com a Al-Qaida e a Jihad Islâmica Egípcia

Um egípcio foi condenado nesta sexta-feira (06/02) nos Estados Unidos a 25 anos de prisão por conspirar para matar cidadãos americanos nos atentados de 1998 contra as embaixadas na África, que deixaram 224 mortos.

Leia mais notícas em Mundo

Adel Abdel Bary, extraditado para os Estados Unidos da Grã-Bretanha em 2012, declarou-se culpado em setembro passado por três acusações de trabalhar com a Al-Qaida e a organização Jihad Islâmica Egípcia. Bary já passou 16 anos em prisões britânicas e americanas.

Entre 1997 e 1998 ele dirigiu a célula londrina da Jihad Islâmica Egípcia - então liderada por Ayman al-Zawahiri, que agora é o chefe da rede Al-Qaeda - e ambos os grupos foram fundidos. Bary transmitiu à imprensa a reivindicação da Al-Qaeda pelos atentados contra as embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia, que deixaram mais de 5.000 feridos.

Ele também enviou aos meios de comunicação na França, Qatar e Emirados Árabes Unidos ameaças de ataques futuros pela Al-Qaeda no dia após os atentados às embaixadas. Suspeita-se que o filho de Bary, Abdel Majed Abdel Bary, juntou-se aos combatentes extremistas que lutam na Síria contra o governo de Bashar al-Assad.

Ao declarar-se culpado, Bary evitou a pena de prisão perpétua. Seu suposto cúmplice - o saudita Khalid al-Fawwaz, suposto líder da célula da Al-Qaeda em Londres - está sendo julgado em Nova York.

Em 7 de agosto de 1998, um carro-bomba explodiu na embaixada dos Estados Unidos em Nairobi matando 213 pessoas e ferindo outras 5.000. Quase ao mesmo tempo, um carro-bomba explodiu em frente à missão americana na Tanzânia, matando 11 pessoas e deixando 70 feridos.