Kiev e os separatistas pró-Rússia iniciaram neste sábado novas conversações de paz, com a participação da Rússia e da OSCE, para alcançar um cessar-fogo no conflito que deixou mais de 5.000 mortos em nove meses.
Ante a escalada da violência no leste da Ucrânia, a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) afirmou que na capital de Belarus deveria ser assinado um "documento vinculante sobre um cessar-fogo imediato e a retirada das armas pesadas da linha de frente".
[SAIBAMAIS]O ex-presidente ucraniano Leonid Kutchma, representante de Kiev, o emissário russo Mikhail Zurabov e o da OSCE, Heidi Tagliavini, chegaram neste sábado à capital de Belarus.
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Também participam os enviados das autoproclamadas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, Denis Puchilin e Vladislav Deinego, e o político ucraniano Viktor Medvedtchuk, ligado ao presidente russo Vladimir Putin.
A reunião, que estava prevista para sexta-feira, não aconteceu porque Kiev reclamava a presença dos dirigentes de Donetsk e Lugansk, Alexander Zajarchenko e Igor Plotnitski, ao invés dos emissários.
Os separatistas pró-Rússia ameaçaram na sexta-feira ampliar a ofensiva no leste do país em caso de fracasso das negociações com Kiev.
Quinze soldados ucranianos morreram e 30 ficaram feridos em 24 horas no leste separatista pró-Rússia da Ucrânia, anunciou neste sábado o ministro da Defesa ucraniano, Stepan Poltorak.
"Quinze militares morreram durante as últimas 24 horas em toda a linha de frente", disse o ministro.
A maior parte das baixas aconteceu na região separatista de Lugansk e perto de Mariupol, porto estratégico controlado pelo governo de Kiev no qual 30 civis morreram em bombardeios atribuídos aos separatistas há uma semana, segundo Poltorak.
Os ataques provocaram os temores de que os rebeldes iniciem uma grande ofensiva sobre Mariupol, a última cidade do leste controlada por Kiev, o que permitiria aos insurgentes criar uma passagem terrestre entre a Rússia e a península da Crimeia, anexada ao país em março do ano passado.