Após semanas de debates e uma montanha-russa de emendas no processo, o Senado americano propôs um projeto de lei nesta quinta-feira que autoriza imediatamente a construção do controverso oleoduto Keystone XL.
O oleoduto americano-canadense foi uma das prioridades da oposição a Barack Obama no novo Congresso, de maioria republicana, mas enfrenta a ameaça de veto do presidente.
Os senadores votaram 62 contra 35 para terminar o debate sobre o projeto de lei, que tem ocupado a maior parte do mês de janeiro, e passar para a votação do último trecho, que é esperado para o final da quinta-feira.
A Casa já aprovou sua versão da lei.
Mas por conta de o Senado ter adicionado algumas emendas, os representantes também precisam agir na versão do Senado ou as duas câmaras terão que negociar uma versão final do projeto de lei e aprová-la.
Superado o veto presidencial, é necessária uma maioria de dois terços, obter 67 votos de 100 membros do Senado pode ser um peso para os defensores do projeto de lei.
O projeto Keystone XL, inicialmente proposto pela TransCanada há seis anos, poderá transportar petróleo cru das jazidas de Alberta, no Canadá, para refinarias ao longo da Costa do Golfo americano.
Republicanos - e alguns democratas - afirmam que o oleoduto é um projeto de obra vantajoso de 1.9000 km que criaria 40.000 empregos e aumentaria a segurança energética dos Estados Unidos.
Muitos democratas sem opõem ao projeto por razões ambientais, alertando para os riscos de vazamento no oleoduto e ao fato de que a areia betuminosa, de onde o petróleo será extraído, demandar mais energia e água para ser processada.
Eles citam um estudo do Departamento de Estado, segundo o qual apenas 35 empregos do oleoduto de Keystone seriam permanentes.
Os republicanos rebatem, afirmando que transportar petróleo por oleodutos causa muito menos emissões do que transportá-los por ferrovias ou rodovias.
No início deste mês, os defensores do Keystone conseguiram uma grande vitória quando um tribunal do estado de Nebraska negou um recurso desafiando a proposta da rota do oleoduto.
O líder da maioria do novo Senado, Mitch McConnel, em uma tentativa de manter a ordem na câmara, permitiu considerar mais de 24 emendas à legislação, mais do que as alterações que foram abertamente consideradas durante todo do ano passado.